Eficiência energética

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) visa a promover a racionalização do consumo de energia elétrica, combatendo o desperdício e reduzindo os custos e os investimentos setoriais, aumentando ainda a eficiência energética. Criado pelo governo federal, em 1985, o programa é executado pela Eletrobras e utiliza recursos da empresa, da Reserva Global de Reversão (RGR) e também recursos de entidades internacionais. Até 2008, a atuação do Procel possibilitou a economia de 4,37 bilhões de kWh, o suficiente para abastecer 2,5 milhões de residências por um ano. O resultado se deve especialmente ao Selo Procel, com a indicação de eletrodomésticos e lâmpadas de consumo reduzido de energia. Apenas no ano de 2008, os investimentos do programa alcançaram R$ 45 milhões.


Incentivo à economia

Instituído em 1993, o Selo Procel de Economia de Energia indica ao consumidor, no ato da compra, os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria. O objetivo é estimular a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a redução de impactos ambientais.


Desde 1993, o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, conhecido como Prêmio Procel, reconhece o empenho e os resultados obtidos pelos agentes que atuam no combate ao desperdício de energia. Concedido anualmente, o prêmio visa estimular a sociedade a implementar ações que efetivamente reduzam o consumo de energia elétrica. O Procel conta ainda com os seguintes subprogramas: Procel GEM (Gestão Energética Municipal), Sanear (Eficiência Energética no Saneamento Ambiental), Educação (Informação e Cidadania), Indústria (Eficiência Energética Industrial), Edifica (Eficiência Energética em Edificações), EPP (Eficiência Energética nos Prédios Públicos) e Reluz (Eficiência Energética na Iluminação Pública).


Transmissão de energia elétrica

As empresas Eletrobras são responsáveis por mais de 59 mil quilômetros de linhas de transmissão, correspondentes a cerca de 56% do total das linhas do Brasil, e 237 subestações. Além de operar e manter este sistema dentro dos padrões de desempenho e qualidade exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Eletrobras tem participado ativamente da expansão da transmissão através de concessões nos leilões promovidos pela Aneel, isoladamente ou por meio de consórcios, bem como através de autorizações para reforços no sistema atual.


Novos empreendimentos

Os principais projetos de transmissão em execução pelas empresas Eletrobras, contemplados no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), são:

• LT 230 kV Ji-Paraná – Pimenta Bueno – Vilhena C1 (RO)
• LT 230 kV Funil – Itapebi C3 (BA)
• LT 230 kV Ibicoara – Brumado II (BA)
• LT 230 kV Paraíso – Açu II C2 (RN)
• LT 230 kV Picos – Tauá (PI/CE)
• LT 230 kV Milagres – Coremas II (PI/PB)
• LT 345 kV Campos – Macaé (RJ)
• LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti – Nordeste (SP)
• LT 230 kV Biguaçu – Palhoça – Desterro (SC)
• LT 500 kV Oriximiná – Itacoatiara – Cariri (PA/AM)



Interligações internacionais

O Brasil possui seis interligações de médio e grande porte com outros países da América do Sul, quatro destas operadas pela Eletrobras:

– Com o Paraguai, através de quatro linhas de transmissão em 500 kV que interligam a usina de Itaipu à subestação Margem Direita (Paraguai) e à subestação Foz do Iguaçu (Brasil). A energia do setor de 50 Hz de Itaipu é então transportada até a subestação de Ibiúna (SP) por um sistema de transmissão em corrente contínua de 6.300 MW de capacidade;

– Com o Uruguai, através da estação conversora de freqüência de Rivera, com capacidade de 70 MW (Uruguai) e uma linha de transmissão em 230 kV, ligando-a à subestação Livramento (Brasil);

– Com a Argentina, através da estação conversora de freqüência de Uruguaiana, com capacidade de 50 MW (Brasil) e uma linha de transmissão em 132 kV, ligando-a a Paso de los Libres (Argentina);

– Com a Venezuela, através de uma linha de transmissão em 230 kV, com capacidade de 200 MW, que interliga a cidade de Boa Vista, no estado de Roraima, à cidade de Santa Elena (Venezuela).

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